quarta-feira, 27 de julho de 2016

I Kissed A Girl - Cap. 33

  Vir trabalhar está se tornando um grande sacrifício, me levantar da cama e saber que não terei nenhuma mensagem da Demetria pra responder me da dores de cabeça. Hoje o dia está repleto de reuniões para decidir o rumo da empresa, estou tendo que comandar tudo aqui, já que meu pai está em Atlanta, onde abriremos uma nova unidade, a cidade está em grande crescimento industrial e acho que será bom para os negócios, mas odeio essas reuniões, ainda mais agora. Achei que a essa altura Demi já teria me mandado ao menos uma mensagem, mas nada aconteceu até agora, mas o que estou pensando, foi eu quem disse que deveríamos parar com isso, agora devo aguentar a saudade que só aumenta a cada segundo em meu peito. Que droga, apenas dois dias e já estou enlouquecendo.
- S/a, te encontrei!
- Paula. Chegou cedo, não? Sua reunião não é apenas as quinze horas?
- É sim, mas pensei em chegar mais cedo para podermos conversar um pouco, já que não terminamos nossa conversa no domingo, também podemos falar sobre a pauta da reunião e depois almoçar. - Se sentou à minha frente na mesa da cafeteria. Tomar café foi o jeito que encontrei de me manter acordada após ter passado a noite conversando com a Giovana.
- Eu tenho uma reunião em meia hora.
- Mas ainda assim podemos almoçar.
- Já que insiste. - Não queria muita conversa, meu humor está péssimo, mas não sabia como recusar.
- Como está? - Pior pergunta que ela poderia ter feito. Tentei enrola-la e desconversar, não foi muito difícil já que eu tinha uma reunião.
- Vou à minha sala pegar os papeis, me acompanha?
- Claro. - Paguei a conta e saímos dali. - Eu vou reler alguns documentos, se importa que eu fique aqui em quanto está na reunião? - Perguntou assim que chegamos a sala.
- Não, pode ficar a vontade. - Peguei o que era necessário e saí rapidamente antes dela me prender por mais tempo.
  Fui ao banheiro antes de ir pra sala de reuniões e comecei a pensar que Demi tem razão, Paula é uma mulher muito atraente, fora que ela é inteligente e muito bem sucedida, é educada e centrada. Não sei por que estou pensando nessas coisas, mas prefiro pensar nisso do que na Demetria.

Demi narrando
  Depois da ligação Marissa acabou abrindo meus olhos. Eu estava há seis anos comprometida com alguém, tudo que eu preciso agora é me sentir livre e aproveitar minha vida. Não vou deixar que uma mulher do nada entre na minha vida e me deixe fora de si.
- Vou ficar a semana com você. Vamos nos divertir, ok?
- Sim!! Pode ir fazendo a programação pra nossa semana de solteiras. Que ridícula eu sou.
- Eu sei. - Rimos.
- Enquanto isso vou tomar banho e depois vamos comer em algum lugar, estou morrendo de fome.
- Ok, lindinha.
- Falsa.
- Te amo.
  Entrei no banho e me dei conta que não seria tão fácil seguir adiante sem o Wilmer e que não seria tão fácil como imaginei tirar a S/a da minha vida, eu a quero por perto, falar com ela me faz bem, a presença dela me faz mais feliz. Droga!

S/n narrando
  Fiquei três horas na reunião, sai de lá morrendo de fome e fui correndo chamar a Paula para nosso almoço, eu estava um tanto quanto ansiosa pelo almoço. Acho que estava nervosa pela presença da Paula, já havia sentido nervosismo perto dela, pelo fato dela ser um mulher inspiradora, mas nunca havia me sentido assim como estou agora.
- Demorei? - Entrei em minha sala.
- Quase não vi o tempo passar. - Sorri sem graça pelo fato de ter a feito esperar tanto tempo.
- Então vamos? Estou morrendo de fome.
- Vamos, também já estou ficando com fome. O restaurante aqui é bom?
- É sim, mas pensei que poderíamos comer em outro lugar.
- Mesmo? Que restaurante?
- É aqui perto, tenho certeza que vai gostar, vamos?
- Se você diz, confio em você. - Nos direcionamos a porta.
- Só um minuto, esqueci meu celular aqui. - Peguei o aparelho em cima da mesa e partimos.
  Fomos caminhando até o restaurante, já que é a apenas algumas quadras do escritório. Paula me falava sobre como havia decidido se tornar uma mulher de negócios e tudo que havia feito para alcançar suas metas.
- Bom, o que acho mais importa é estar trabalhando no que te da prazer. Assim você vai se dedicar mais e vai ser mais sucedida no que fizer.
- Concordo com isso, mas no momento sinto que meu lugar é na empresa do meu pai, o ajudando, pelo menos até eu descobrir o que eu realmente quero fazer.
  Nosso almoço foi melhor do que imaginei que seria. Paula é uma mulher madura e fala coisas que realmente fazem sentido pra mim. Poderíamos passar horas falando sobre negócios e nossos pontos de vista em comum sobre isso. Acho que isso me fez pensar em Paula de outra maneira... O que está acontecendo com os meus pensamentos hoje? Droga!




Gente, desculpa pelo capitulo pequeno e meio bosta. Foi o que deu pra colocar nesse. Os próximos prometem... Comentem o que acham que vai rolar enquanto aguardam. Kisses!! ;)

domingo, 24 de julho de 2016

I Kissed a Girl - Cap. 32

  Só não. Só não queria ter que trabalhar. Só isso. Era pedir demais? Era. Pois estamos passando por processo de expansão. Mas não queria ter que trabalhar com a Demetria na minha cabeça, ainda mais depois de ter saído de sua casa da forma como saí. Não conversamos direito, não nos entendemos. Acho que em vez de concertar nossa situação eu piorei.
  Mas o que posso fazer? Ela está em um mesmo relacionamento há 6 anos. Que expectativa eu poderia criar? Não posso entrar em uma batalha sabendo que vou perder. Ela deixou bem claro que mesmo o namoro estando uma porcaria não era capaz de terminar com o Wilmer. Eu não sou esse tipo de pessoa, que age por impulso, que se arrisca, acho até que já fiz demais essas coisas por ela. Ela é Demi Lovato, o que temos ou tínhamos não é algo que se possa manter em segredo. Não gosto de sair da minha zona de conforto, mas ela faz com que eu me sinta ótima fora dessa bolha que me cerca, mas ao mesmo tempo fico com muito medo de me machucar ou acabar machucando a Demi.
  Fui o caminho inteiro, da Demi à empresa, pensando nessas situações e acho que tomei a melhor decisão, por mais que me doa agora ainda é possível que cicatrize. Eu torço para estar certa, mas acho que a Demi já está fundo demais na minha pele para ser removida.
  Achei que o dia seria uma grande droga, desperdício de tempo, mas não. Graças a correria, por conta da expansão, não parei nenhum um segundo, logo não tive tempo para pensar na mulher por quem estou perdidamente apaixonada. Isso só durou até chegar em casa, Giovana me esperava na sala, com um sorriso largo e cara de quem queria fofocar.
- Gi, por favor, hoje não.
- Como não? Hoje sim! Nem vem. - Quase me deixo contagiar por sua empolgação. - Pode me contar! Como foi com a mais nova queridinha da família Dalstrin? Confesso que senti um pouco de inveja, essa era minha posição.
- Foi uma droga Giovana. Não sei, acho que fiz uma besteira, mesmo fazendo a coisa certa.
  Começamos a conversar e graças a Deus que ela estava ali para me ajudar, pude desmoronar em seus braços.

Demi narrando
- Mas que porra é essa!? - Acordei espantada sentindo uma mão passar pelo meu corpo.
- Achei que gostasse de mulher agora.
- Callahan! - Levei minha mão ao coração. - Que susto sua vaca!
- Desculpa, mas não resisti a essa bunda. - A babaca ria descontroladamente.
- O que faz aqui tão cedo? - Cocei os olhos tentando me acostumar com a claridade.
- Já são onze horas, Demi.
- Jura? - Assentiu. - Mesmo assim, achei que fosse chegar mais tarde.
- Eu ia, mas decidi te fazer uma surpresa, percebi pela sua voz no telefone que precisava da melhor amiga de todas. - Disse convencida.
- Ha ha! Precisava, mas não tenho o numero da Selena.
- Puta!
- Te amo. - Deitei com a cabeça em seu colo e a abracei.
- Sei. - Como eu fiquei feliz por tê-la aqui agora.
- Boba. - Rimos até o silencio prevalecer, mas logo foi quebrado por Marissa.
- Sobre nossa conversa ontem... - Exitou por um momento. - O que decidiu?
- Terminei com o Wilmer. - Falei de uma vez.
- QUE! - Berrou.
- Fala baixo, pra que gritar?
- Não acredito.
- É serio.
- Como você está?
- Eu to bem, quer dizer, foi difícil, afinal, foram seis anos. Tivemos momentos incríveis juntos e ele esteve ao meu lado nos piores dias, mas não dava mais pra perder meu tempo em um relacionamento que não ia adiante. Chegamos juntos a conclusão que nosso namoro foi minguando até chegar ao fim. Eu tenho meus sonhos e não sinto como se o Wilmer estivesse pronto pra quero-los tanto quanto eu ou para fazer parte deles.
- E a S/n está? - Ótima pergunta.
- Que? Por que está falando disso?
- Só uma curiosidade. Já contou pra ela que está solteira e livre?
- Não.
- Por que não?
- Não sei. Acho que estou com medo. Medo de me apaixonar, medo de entrar em algo que ainda não me sinto pronta, medo de não ser o que imagino...
- Quanto medo. - Ela fez uma cara engraçada que acho que devia ser de medo. - Liga pra ela. - Me entregou o celular.
- Não, não tenho presa... Ta, quem quero enganar. - Peguei com desespero o celular da sua mão, o que a fez rir, assim que encontrei seu contato liguei.
- O que vai dizer? - Eu estava concentrada demais pensando no que iria falar, para lhe responder. - Qual o problema? - Comecei a ficar tensa, o telefone chamava e chamava, mas nada dela atender. - Demi? - Liguei algumas vezes. sem sucesso. 
- Nenhum problema, inclusive não preciso pensar no que que vou dizer, não preciso falar nada já que ela não atende. - Joguei o celular nos pés da cama.
- Calma, Dem.
- Calma nada, por que ela não está atendendo?
- Ela deve estar trabalhando.
- Espero que seja isso mesmo, ela saiu daqui sem nos resolvermos direito, temos que conversar de qualquer maneira.
- Com certeza ela deve ter um motivo.
- Não quero saber. Vai ver ela está com ocupada com alguém que tenha certeza do que sente por ela. 
- Ainda tem duvidas sobre o que sente?
- Não. Tenho. Não. É que é confuso, está acontecendo tudo muito rápido e intensamente.
- Liga mais uma vez.
- Não Marissa, você tem razão, ela deve estar trabalhando.
- Você não disse que ela trabalha na empresa do pai?
- Sim, mas nem por isso tem menos responsabilidade.
- Já estou discando. 
- Marissa!
- Ta chamando. - ela colocou no viva voz.
- Vou te matar, não sei o que di... - Fui interrompida por um "Alô". A voz me era familiar, mas não reconheci. - Oi, aqui é Demi Lovato, gostaria de falar com a S/n. - Nesse momento comecei a ficar com um friozinho no estomago, mas tentei ser simpática.
- Oi Demi, aqui é a Paula. - Não acredito nisso! Marissa me olhou confusa e me incentivou a continuar.
- Olá. - Respondi seca, domada pela raiva, sem simpatia alguma. - Possa falar com ela?
- Um momento, querida. 
- Relaxa. - Mary disse num sussurro.
- Então Demetria...
- Só Demi, querida. - A corrigi.
- Então Demi, a S/a, não pode falar agora, está em reunião, quer deixar um recado?
- Não, obrigada.
- Tem certeza? Vou vê-la assim que ela estiver disponível.
- Já disse que não! - Perdi a paciência com essa vagabunda. - Apenas diga que liguei e ficarei aguardando um retorno dela. - Por que disse isso? Não quero falar com ela.
- Pode deixa, vou falar para ela te ligar. - Quem você pensa que é?
- Obrigada.
- Tch... - Desliguei.
- Ridícula! - Esbravejei.
- Quem? - Minha amiga continuava com cara de perdida.
- Você.
- Eu?
- Sim, você por me fazer ligar para a filha da puta! E a piranha que atende o celular da filha da puta e a filha da puta que me fez achar que estava interessada em mim e a trouxa aqui por se importar com a filha da puta saindo com a piranha. 
- Demi, você é maluca.
- Mary!! - Afundei a cabeça em suas pernas.
- Respira. - Ela respirou fundo. - Essa... Como a chamou? Piranha? - Fiz que sim com a cabeça. - Essa piranha é a de Nova Iorque?
- Sim.
- Pelo que entendi elas têm assunto de trabalho, as vezes é só isso.
- Mas por que ela estava com o celular da S/n?
- A S/n deve estar mesmo na tal reunião e a Piranha atendeu.
- É Paula, Marissa. Ela pediu para esperar, logo, a S/a deve ter dito que não queria falar comigo.
- Como você é paranoica.
- Não, você não vê o jeito como ela olha e fala com a S/n. E ainda por cima ela é toda adulta e sedutora.
- Ai, tadinha da minha amiga criança e baranga.
- Provavelmente atrapalhei mais um almoço das duas.
- Para com isso, Demetria! - Me deu um tapa na cabeça. - Espera a mulher te retornar.
- Não entendo, por que ela está fazendo isso comigo? 
- Paranoica!
- Ridícula!


Oi fofoletes (que gay(adoro))!! Finalmente esse termino em?! Pqp, tava demorando pra essa muié fica desempedida! Queria ter postado ontem, mas não estava em casa. Nem ia postar hoje, mas capitulo de presente para Malony. Parabéeeeeeens!! Muita Demi pra você viu, feliz aniversario, mesmo não tendo chamado pra festinha. Como fico feliz vendo a participação de vocês! Então, não deixem de comentar, inclusive as sugestões, ok? Afinal, vocês fazem literalmente parte da história. Kisses!! ;) 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

I Kissed A Girl - Cap. 31

  Eu olhava em seus olhos castanhos que se fechavam lentamente, cada vez mais apertados, era incrível como aqueles pequenos olhos continham tanta informação sobre essa mulher, ela conhecia o mundo e eles mostravam todas as experiencias que ela tinha vivido, para conhece-la bastava olhar atentamente dentro deles, sua alma e essência estavam bem ali, se existe mesmo essa coisa de pessoas com a alma antiga com certeza ela era uma dessas, não era possível adquirir tanta dor, alegria, sabedoria e intensidade em apenas uma vida, por fim, em seus olhos cabiam o mundo. Conforme se fechavam um sorriso em seus lábios se abria, era algo cauteloso, tímido, mas completamente sincero. Imaginei que ela já estivesse dormindo me levantei devagar para não acorda-la, apaguei a luz e fechei a porta devagar para não fazer barulho, mas antes de fecha-la por completo ouvi um "obrigada" que saiu como um sussurro, já acho sua voz um tanto quanto sensual, ela vai e fala sussurrando, é de matar. Eu nada respondi ao seu agradecimento, terminei de fechar a porta, fui a sala e me sentei no sofá, fiquei encarando a tela da tv desligada enquanto pensava no que estava acontecendo.
  Sera que eu estava realmente me apaixonando por ela? Sera que já estou apaixonada por ela? Só sei que necessito da presença dela, ela me faz rir, me acalma, me traz uma paz imensa. Como esquecer isso? Como tirar isso da minha vida?
- Bom dia, moça! - Abri meus olhos lentamente, lá estava ela, radiante, um sorriso enorme no rosto, ela vestia o moletom que me roubará no dia anterior, instantaneamente um sorriso apareceu na minha boca. - Não acredito que dormiu no sofá! - Ela me olhou se fazendo de brava e ao mesmo tempo achando graça. - Poderia ter dormido no quarto de hospedes ou... no meu. - Ela acariciava meu cabelo. 
- Não foi proposital. Na verdade eu ia pra casa, me sentei por alguns instantes e acabei nanando. - Eu ainda estava meio confusa, não sei como acabei dormindo.
- Repete nanando com essa voz rouca!
- Não. 
- Vai, por favor!
- Me deixa, quero nanar mais.
- Aiiii que fofaaaa!!! - Ela me deu um selinho rápido e mordeu meu lábio, quando se afastou vi que estava corada. - Foi mal. - Disse envergonhada.
- Foi mal pra você, pra mim foi ótimo. 
- Mesmo?
- Sabe que sim. Mas também sabe que não da, não consigo mais.
- Não posso terminar com ele. - Bastou ela dizer isso pra me irritar, não entendo o por que disso, ela mesmo diz que está uma droga. - S/a, vamos tomar café e se quiser depois podemos conversar sobre isso.
- Não acho que tenha algo que conversar, Demi. Desculpa. Tenho que ir trabalhar. - Me levantei apressada. - Que horas são? - Ajeitava minha roupa.
- Não acredito que está fazendo isso comigo. - Encostou a cabeça no sofá, achei que fosse chorar.
- Demi, por favor, não faz isso. Não torne mais difícil.
- Mais difícil? Não parece que está sendo nada difícil pra você! - Se levantou e cruzou os braços, agora ela parecia realmente zangada, não falava da mesma forma meiga de antes. Mas de fato estava sendo a coisa mais difícil que já fiz.
- Tenho que ir. - Me direcionei a saída. 
- S/n! - Lhe dei atenção, mas ela se calou.


Demi narrando
- Fala.
- Não tenho nada a dizer. - Eu tinha, eu estava prestes a assumir que me apaixonei, mas pela forma com que ela agia não sinto que isso fosse fazer diferença.
- Então estou indo, se não vou me atrasar. - Ela ficou esperando que eu dissesse algo, mas eu estava triste demais para dizer qualquer coisa. 
  Me virei de costas vendo-a deixar minha casa pelo espelho, notei que ela relutou antes de sair, mas o fez. Não acredito que estou tendo esses sentimentos idiotas por essa idiota. Por que tem que ser tão complicado? Não vou chorar, não dessa vez, vou assistir a um filme triste e comer alguma coisa. 
  O que tenho que fazer pra essa mulher sair da minha cabeça? Faria qualquer coisa, mas não consigo. Tudo nela me encanta, até a chatice. É que quando estou com ela me sinto bem, me sinto feliz, sinto que posso apenas relaxar e ser eu mesma. Eu já havia colocado um filme, mas não prestava atenção, só conseguia pensar que não posso aceitar que não a teria mais por perto, me apaixonei, me apaixonei como nunca antes, eu a desejo, desejo seu corpo, sua voz, seu toque. 
  Levei um susto quando meu celular vibrou anunciando uma mensagem: - Demi, me desculpe por ontem, quando podemos nos ver? - Estava demorando pro Wilmer voltar atrás. Decidi terminar de assistir ao filme antes de responder, não como se eu fosse realmente assistir. S/n ainda estava na minha cabeça e agora também o problema com o Will. O que ela queria era demais, como termino um namoro de anos assim, do nada, por alguém que me ap... Quer saber, eu sei o que tenho que fazer e não posso mais esperar, tinha que vê-lo, então o respondi: - Vou a academia e depois estarei livre.
  Combinei com o Wilmer de nos encontrarmos na minha casa, assim eu ficaria mais confortável, por volta das seis horas. Fui na academia e descarreguei toda minha raiva e tristeza no treino, tenho certeza que acertei um soco muito forte no treinador, mas sempre muito gentil, me disse que estava tudo bem. Saí de lá me sentindo um pouco mais aliviada e desestressada, mas o fato do meu coração estar partido não mudou.
  Cheguei em casa e meu lindo filhinho me encheu de amor, o que foi super reconfortante, tomei um banho quente pra tirar a tensão e trabalhei em algumas musicas novas, só parei porque o Nicholas me ligou todo empolgado falando sobre a turnê que estamos prestes a iniciar, eu queria conversar com ele sobre o quão problemática minha vida está no momento, mas não quis estragar o momento, ficamos um bom tempo no telefone, até ele se despedir dizendo que tinha um encontro, o que me deixou furiosa, pois ele não quis me contar com quem era. Por um lado até que isso foi bom, por hora me distraiu e afastou os pensamentos que tanto estavam me chateando. Aprovei que estava mexendo no celular pra ligar pra Marissa, ela vai vim pra cá em alguns dias, queria saber se tinha como antecipar a viagem pra ficar comigo, ela disse que tudo bem, como eu já imaginava, também disse que amanhã mesmo já estaria aqui. Decidi fazer algo pra comermos antes que ele chegasse.
- Demi? - Ouvi o Will chamar. 
- Na cozinha.
- Olá. - Disse me dando um beijo na bochecha com o Batman no colo, estavam muito fofos.
- Oi. Temos que conversar. - O olhei por cima dos ombros de forma carinhosa.
- Sim, temos. Me desculpa por ontem, eu estava nervoso, não deveria ter descontado em você.
- Não, não deveria. Mas não quero discutir por isso.
- Então me desculpa?
- Claro. - Ele sorridente me abraçou. 
- Vou terminar aqui e aí conversamos, pode ser? - Eu tentava não ser rude, não queria mais brigas. Assim que terminei, nos servi minha maravilhosa sopa, sim fiz sopa e por sinal ficou sensacional.
  Não demorou para que começássemos a falar sobre tudo que estava nos afligindo. Nossa conversa durou horas, tudo que eu queria depois dela era descansar, e foi o que fiz assim que o Wilmer foi embora.


  To xonada no quanto vocês têm participado, estou amando cada comentário e todo o apoio, obrigada por estarem aqui e por deixarem suas opiniões, é isso que me motiva a continuar e a querer sempre melhorar como "escritora". Amo vocês! Continuem a me dar amor kkkk... Kisses ;)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

I Kissed A Girl - Cap. 30

Você narrando
  Não acredito no que estou fazendo, mas é que realmente fiquei preocupada, não sabia o que estava acontecendo, quando vi já estava no carro, só pela Demetria mesmo.  A casa do Wilmer não era tão longe, mas me perdi umas quatro vez. Quando eu estava chegando mandei uma mensagem avisando a Demi, que me respondeu dizendo que esperaria na frente da casa. Assim que estacionei a vi sentada de cabeça baixa brincando com os dedos, parecia uma criança, ela devia estar tão distraída que nem me notou.
- CUIDADO! - Falei correndo me aproximando dela.
- AAAAHHH!!! - Demi levou as mãos aos olhos, não contive a risada. - S/n! Idiota, me assustou. - Voltou a ficar cabisbaixa, o que me partiu o coração, queria saber o porque dela estar assim, mas não ia sair me entregando fácil assim. - Desculpa fazer você vim. - Levantou a cabeça.
- Vim porque quis, não me obrigou a nada.
- Eu sei, você é louca...
- Eu sou louca? Ok, da próxima vez te largo chorando.
- Ta ta. Você está certa, obrigada.
- Vamos, vou te levar pra casa. - Estendi minha mão para que ela se levantasse.
- Brigada. - Quando em pé, nossos corpos ficaram muito perto, me controlei para não beija-la.
- De nada. - Respondi normal e me afastei. Entramos no carro em silencio, ficamos assim por alguns instantes. - E então?
- Que? - Ela se fez de desentendida.
- Que nada, Demetria! O que aconteceu?
- Nad... - A olhei com cara de poucos amigos. - Ok, vou falar.
- Bom mesmo, porque não sou sua motorista, que você me chama pra te buscar e te levar nos lugares e fica por isso mesmo. Claro, também não sou sua mãe, não me deve satisfações, nem seu namora...
- S/n, se acalma. - Confesso, fiquei apreensiva, não sabia o que tinha acontecido e não sabia como reagir, comecei a falar sem parar ou pensar.
- Desculpa.
- Posso agora?
- Sim.
- Eu briguei com o Wilmer...
- Isso já estava bem claro, ele te fez alguma coisa?
- Não! Quer dizer, tirando o fato de ter me irritado completamente, ele não fez nada.
- Menos mal.
- Estava preocupada?
- O que acha?
- Acho que se for isso vai ser fofo.
- A Demi, para vai.
- Ok.
- Não é pra parar de falar, é pra parar de ser boba.
- Bleh. - Me mostrou a língua. - Brigamos como nunca antes, S/a. Ele estava muito nervoso e mal me deu atenção. Eu nunca senti tanta raiva dele assim.
- Mas ele te ligou.
- Foi o que eu falei para ele.
- Não entendo.
- Fiquei muito irritada por ele me fazer ir até sua casa pra brigar.
- Sei. - Por que ela me lembrou isso? Achei melhor me calar, ela parecia estar realmente chateada e eu não iria piorar isso. Chegamos em sua casa e o Batman correu para pular em suas pernas.
- Oi filho! - Agora ela tinha aquele seu sorriso perfeito no rosto que me fazia sorrir instantaneamente, sua voz também estava mais alegre. - Calma, menino. Já estou em casa. - Ela se ajoelhou e começou a acaricia-lo. O cachorrinho estava eufórico, corria de um lado para o outro e logo voltava para Demi. - Vem! - Ela bateu com as palmas das mãos em suas pernas e o agarrou.
- Demi vai matar o cachorro. - Tentei intervir, ela o esmagava entre os braços.
- Ai desculpa bebe. - Ela soltou o abraço quando a bola de pelo fez um chiado.
- Louca.
- Ele gosta. - Retrucou risonha e se levantou com certa dificuldade. - Vou fazer um chá, aceita? - Colocou sua bolsa em um aparador.
- Pode ser. - Foi então que reparei que eu estava de moletom enquanto ela ainda estava toda produzia e maquiada mesmo depois de chorar.
- Fica a vontade ta? - Apenas assenti. Ela se direcionou para a cozinha e eu aproveitei um pouco para me familiarizar com sua casa. - S/a, vem me fazer companhia. - Ela colocou a cabeça dentro da sala.
- Claro. - Quando entrei na cozinha tropecei em seu sapato me dando conta que ela estava descalça, ri ao pensar em quão criança ela é.
- Tudo bem?
- Claro. - Me imitou.
- Tem certeza?
- Lembra no banheiro, na casa de seus pais, quando me perguntou se estava tudo bem? - Não sei onde ela quer chegar com isso.
- Lembro, era mentira?
- Não era mentira, estava tudo bem por você estar lá, estava tudo bem porque quando me abraça tudo fica bem.
- Demi, eu não posso lidar com isso. Não dessa maneira.
- Que maneira? Do que está falando?
- Não posso ser sua amiga. - Acho que fui muito direta, mas não estava mais aguentando toda essa intimidade e esse fingimento de que estava tudo bem entre nós, ou entre ela e o Wilmer.
- Que? - É, vai ver que pra essa bipolar realmente está tudo bem.
- Não é isso, é que não posso continuar como se fosse só sua amiga.
- Você sabe que é mais que isso, muito mais. - Sua voz era tranquila e mantinha a atenção na preparação do chá.
- Saber disso e sentir isso são coisas distintas, Demetria. - Toda vez que digo seu nome noto como seu corpo se estremesse na tentativa de se manter controlada. - Eu sei disso pela batida acelerada do meu coração quando estou ao seu lado, pela forma como me falta ar quando lhe vejo. Mas não sinto isso quando nos apresentamos como amigas, não sinto isso quando tenho que te buscar aos prantos na casa do seu namorado.
- S/a, tenta entender, enquanto eu estiver com ele isso vai acontecer.
- Então porque não termina?!
- Não acha que está sendo um tanto quanto precipitada? - Com certeza estava sendo precipitada, falei mais do que devia.
- Sim, quero dizer, não, não estou dizendo isso por mim ou por nós. Estou dizendo por você, você que disse que não sente a mesma coisa quando está com ele e que tiveram a pior briga de todas. Então por que não da um jeito nisso?
- Não sei...
- Não consigo Demi, não consigo continuar com isso.
  Não acredito que disse isso. Me dói tanto só de pensar em não te-la, mesmo que dessa maneira horrível e mentirosa. Mas não digo isso por egoismo ou por não querer mais nada, pelo contrario, estou com medo do que posso estar sentindo e querendo, estou com medo de sofrer mais do que posso suportar por uma pessoa que provavelmente nem sinta o mesmo, fora que também sinto que isso pode acabar prejudicando a Demi, não só na sua vida pessoal como na sua vida publica, não quero lhe causar problemas.

Demi narrando
- O que quer dizer com isso, S/n? Onde está querendo chegar? - Eu estava realmente assustada.
- Demi, eu nunca faria você escolher, sei que ele é importante pra você.
- E então?
- Devemos ser só amigas ou devemos fazer isso de uma maneira onde eu não me sinta uma intrusa, onde eu não sinta que a coisa que mais me faz bem é uma coisa totalmente errada.
- Não quero isso! Não quero ser sua amiga, ou só sua amiga!
- Demi...
- Eu não posso, eu não sei como deixa-lo.
- E eu não posso te pedir que faça isso. - Fiquei em silencio e acabei me distraindo com essas coisas que ela me dizia enquanto servia a porcaria do chá.
- Droga!
- Que foi?
- Me queimei com essa porra. - Nem doeu muito, mas eu estava irritada e triste, então por que não xingar?
- Só você mesmo, olha a boca. - Ela não estava ajudando, mas confesso que não estava sendo muito madura.
- Ainda por cima sujei tudo e estou toda melecada de chá.
- Por que não vai tomar um banho para relaxar um pouco? Eu limpo as coisa aqui e preparo outro chá pra gente.
- Mesmo?
- Vai. - Ela fez um sinal com as mãos me expulsando da cozinha, da minha cozinha.
  Como ela consegue me fazer sentir tanta raiva e tanta felicidade ao mesmo tempo. Achei a ideia do banho ótima, nada como uma água quente caindo sobre os ombros pra refletir. Entrei no chuveiro com o propósito de esclarecer o que acontecia no meu relacionamento com o Wilmer, mas o que a S/a havia dito não saia da minha cabeça.
  Por um lado, claro que ela tinha razão, era complicado pra mim, imagine pra ela que não tem como fazer nada para mudar nossa situação, mas por outro lado sinto que ela está sendo um pouco precipitada, ela podia me dar mais tempo pra resolver as coisas, ou... A verdade é que me mata o fato dela ter razão. 
  Tenho que dar um jeito nisso, mas não tenho cabeça para isso agora. Só não posso perde-la. As lagrimas persistiram até que conseguiram cair. Não sei, mas ela se tornou algo em mim, algo que não consigo me ver sem, a quero por perto. Em meio a esses pensamentos terminei meu banho. Me vesti com a roupa que estava em cima da cama e me deitei embaixo do edredom.
- Demetria? - S/a bateu na porta entre aberta segurando duas xícaras com uma mão.
- Entra.
- Trouxe uma maçã também, imaginei que... - A interrompi.
- Toda vez que me chama de Demetria meu corpo treme.
- Já tinha percebido, não faço por mal. Obrigado por não reclamar
- Sei que não, sinto que não. Por isso ele treme, por conta da intensidade com que você diz, isso me atinge de uma maneira inexplicavelmente boa, por isso não reclamo como faço com os outros. - Ela sorriu timidamente. - Senta. 
- Espero que esteja bom pra você. - Ela me entregou uma das xícaras. Primeiro comi a maçã, depois dei alguns goles no chá, que estava muito bom, tudo sem dizer nada. - Quer conversar?
- Não, só quero descansar.
- Tudo bem, vou indo, mas depois temos que conversar sobre aquilo.
- S/a, não tem nada pra conversar. Mas fica comigo, pelo menos até eu dormir? - Fiz minha cara mais triste.
- Fico. - Acho que ela não estava muito contente, mas acabou sedendo.




  Não me matem!! Por favor. Tudo vai dar certo, prometo, apenas esperem kkkk amo vocês. Já leram o livro ou assistiram o filme The Lucky One? Com o Zack Gosto Efron (qual é time?) e com a Taylor Gostosa Schilling (unica(o) taylor que gosto), bom a história é ótima, eu adoro e recomendo, mas recomendo também o imagine My Only One, baseado na história, com nossa Demi GOSTOSA Lovato. E não deixem de dar a opinião de vocês sobre tudo o que estão achando de I Kissed A Girl. Kisses!! ;)

quarta-feira, 20 de julho de 2016

I Kissed A Girl - Cap. 29

  Pensem em como tudo deu errado kkkkk... midisgurpa to nervousa. Sério gente, meu celular, onde eu escrevia os caps morreu, simplesmente desligou e nunca mais voltou. Mas e daí? Eu já tinha mandado boa parte pro email, não é mesmo? Afinal, isso já tinha acontecido antes. Então tranquila da vida entrei no email e olhei emails até 2014 pra ver se encontrava, quem disse que estavam lá? Como enviei do celular imagino que deve ter dado algum erro. Fiquei puta da vida, xinguei meio mundo, me xinguei, mas caiu a ficha que não ia adiantar, então fui viajar e decidi escreve-los novamente no note pra quando chegasse em casa eu postasse, o filho da puta atualizou/reiniciou/deletou/mefodeu, não sei, só sei que deletou tudo que tinha nele. Nesse meio tempo fiquei sem... tempo, que redundância, entre show do 5H, viagens, aniversários e o mais importante, a gravidez da minha irmã (vou ser madrinha :') )!! Conclusão, deu ruim, mas o que importa é que estou de volta. 




  Demi já estava conversando com o Wilm... seu namorado a muito tempo, eu estava impaciente, mesmo sabendo que eu não deveria e que não tinha nada a ver com isso. Minha mãe aproveitou que ela não estava pra elogia-la, o que me deixava descontável, minha vontade era de dizer o quão linda e gostosa ela é.
- Desculpa a demora, não nos vimos o fim de semana inteiro, ele queria saber onde eu estava.
- Mas está tudo bem? - Luna pareceu realmente preocupada.
- Está sim. - Não soou muito sincera. - Mas acho melhor eu ir encontra-lo.
- Fique mais pouco. - Minha mãe pediu.
- Não tenho certeza sobre isso. - Demi diz olhando para minha cara fechada.
- Só mais um pouco, está cedo. A conversa estava tão boa. Não é mesmo S/a? Me ajude a convence-la.
- Se ela tem que ir, deixe-a ir mãe.
- É melhor que eu vá, Julia, mas foi um prazer lhe conhecer, obrigada pela noite.
- Eu que agradeço a companhia, volte quando quiser.
- Vou chamar um táxi, já volto para me despedir.
- Táxi nada! S/n te trouxe, ela é que é responsável por te levar embora.
- É que vou para casa do meu namorado.
- Vamos de uma vez! - Falei irritada e me enchendo dessa conversa dela ter que ir.
- Mesmo? - Me levantei sem lhe dar uma resposta. Ela se despediu de todos e seguimos o caminho para o carro. - Adorei sua família, eles são ótimos. - Ela tentou puxar assunto, em vão, me mantive calada. - Olha, não precisa me levar.
- Já estou levando. - Voltei a ficar em silencio, mas dessa vez não por muito tempo. - Onde devo ir? - Perguntei seca. Ela me explicou o caminho e parecia estar chateada, não mais do que eu.
- S/a... - Disse com sua voz doce fazendo meu coração derreter, mas me mantive fria.
- Já está entregue, pode ir. - Já estávamos há um tempo paradas em frente a casa do Wilmer.
- S/n, vamos conversar.
- Não deixe seu namorado esperando.
- Não está sendo justa. - Quase não acreditei quando ouvi isso.
- Não temos nada pra conversar, Demi. - Tentei não perder a paciência.
- Depois nos falamos?
- Você que sabe.
- Agora tenho que ir, mas depois vamos conversar. Não sei porque está agindo assim.
- Não sabe?
- Não.
- Tchau, Demetria.
- S/a! - Ela me encarou na espera de uma resposta, quando viu que não teria, saiu do carro irritada e bateu a porta.
  A observei entrar na casa sem olhar para trás, a forma como a tratei doeu mais a mim do que a ela, mas o que eu podia fazer? Eu estou completamente irritada e chateada. Sei que não tenho tanta importância quanto seu namorado, mas havíamos combinado. Voltei para casa de meus pais, agora a quantidade de pessoas era menor, fiquei mais algum tempo lá até que Giovana começou a reclamar de sono e dizer que tinha que trabalhar amanhã, então fomos embora.
  Demi ainda estava em meus pensamentos, será que ela estava bem? Não sei porque pensar essas coisas, afinal, ela está com o namorado, deve estar ótima, nem deve lembrar que existo, e a trouxa aqui, no caso eu, se preocupando atoa. 

Demi narrando
  S/n estava sendo um saco e incompreensível, obvio que eu gostaria de ter ficado com ela e com sua família, a noite estava sendo super agradável, eu estava me divertindo, mas ela tem que entender que tenho um namorado e enquanto isso existir tenho que dar atenção a ele.
- Will? - Disse em voz alta assim que adentrei a casa. - Onde está? Wilmer? - Comecei a subir as escadas. - Porque não me respondeu? - Perguntei quando o encontrei no quarto.
- Estava distraído. - Ele não se deu ao trabalho de me olhar, continuou mexendo no notebook.
- Entendi. - Coloquei minha bolsa em uma cadeira e me sentei ao seu lado na cama. - O que está fazendo?
- Trabalhando.
- No que? - Tentei olhar o monitor, mas ele o desviou do meu alcance. - Qual o problema!? - Disse me exaltando um pouco.
- Nenhum. - Se aconchegou melhor entre os travesseiros e coberto.
- Tudo b...
- Demi, eu não te atrapalhei o fim de semana inteiro enquanto aproveitava fazendo sei lá o que com sei lá quem. Então não me atrapalhe agora. - Respirei fundo para não soltar os cachorros nele, eu estava errada.
- Bem, você me ligou. Agora estou aqui, vamos aproveitar. - Tentei ser o mais gentil e doce.
- Tenho que terminar esse roteiro.
- Ok, posso te ajudar. - Me deitei ao seu lado.
- Não preciso de ajuda.
- O que quer então?
- Nada.
- Wilmer você me ligou reclamando e agora estou aqui.
- Pedi para que viesse?
- Wilmer!
- O que Demi? - Fingiu estar paciente, mas eu sabia que estava super nervoso e eu também.
- Por que me ligou então?
- Pra saber se minha namorada estava viva, mas não precisava ter vindo.
- Não mesmo! Olha pra mim enquanto conversamos! - Fechei a tela do computador.
- Demetria!
- Demetria coisa nenhuma. Wilmer há quanto tempo não saímos juntos? Há quanto tempo não me convida para fazer alguma coisa ou me acompanha em algum evento?
- O problema é esse? Por que não me falou?
- Desde quando preciso dizer que quero sua companhia? Você faz viagens e só me avisa quando já está voltando. Você desaparece e mal fala comigo.
- E o que mesmo que você fez esse fim de semana?
- Eu estava me divertindo.
- E eu atrapalhei? Me desculpe. Pode voltar a se divertir.
- É o que eu deveria fazer.
- Então faça.
- Isso não está funcionando.
- Já faz algum tempo.
- É tudo que tem a dizer?
- Sim, não quero que demore a voltar pra diversão.
- Eu já estou indo. - Me levei pegando minha bolsa.
- Você está indo por vontade própria.
- Tenho consciência disso e tenha consciência de que não voltarei atrás.
- Você quem sabe. - Essas palavras soaram baixo enquanto eu atravessava a porta do quarto.
  Desci as escadas correndo, quase cai, inconscientemente ri, acho que de nervosismo. Fui até a cozinha e lá me sentei. Não queria, não mesmo, mas a raiva era grande, não pude evitar que as lagrimas rolassem. Estava com raiva do Wilmer pela forma como me tratou, com raiva dele ter me feito sair da festa dos pais da S/n, e falando nela, estava com raiva dela por ter sido fria e grossa comigo, mas também está com raiva de mim por ter esse sentimento por ela, por querer estar com ela sempre, por deseja-la, por te-la deixado pra vim ver este babaca. 
  Peguei meu celular e procurei por seu numero:
- Alô. - Sua voz me fez ficar mais desesperada. - Quem é? - Acho que ela ouviu o choro e não deve ter visto de quem era a chamada. - Demi, é você? O que aconteceu? Por que está chorando?
- S/a...
- Eu? - Eu tentava controlar o choro. - Demetria, pelo amor de Deus, se acalme. - Acho que ela quem estava começando a ficar desesperada. - Pare de chorar e me diga de uma vez o que está acontecendo. - A forma como demonstrava estar preocupada me ajudou a ficar mais tranquila.
- Eu... Eu... - O choro já tinha parado, mas ainda tentava controlar a raiva e o nervosismo.
- Vai Demi, fala. Tem a ver com o Wilmer?
- Sim.
- Me diz o que ele fez?
- Nada, ele não fez nada.
- Impossível estar assim por nada. Onde está?
- Na casa dele.
- Não pode ficar aí.
- Eu sei.
- Estou indo te buscar.
- Não precisa. - Claro que precisava, eu queria vê-la e não queria ter que pegar um táxi.
- Já estou indo.
- Não quero atrapalhar sua festa.
- Não atrapalha, já estou em casa.
- Então vá descansar. Depois conversamos. - Vai descansar nada, vem me buscar.
- Já estou no carro.
- S/n!
- Demetria.



Amores, pra compensar pretendo postar vários capítulos seguidos, mas vocês têm que me dizer o que estão achando, têm que participar quando estou presente e não só quando sumo, ok? Kisses!! ;)